O acolhimento que, muitas vezes, as próprias famílias não dão. Assim pode ser definido o trabalho do Grupo Dignidade, uma ONG que, há mais de 30 anos, defende, com garra indescritível, os direitos humanos e de cidadania LGBTI+ no Paraná. Um trabalho ininterrupto. Todos os meses, cerca de 500 atendimentos são feitos pelo Dignidade, localizado em frente à Praça Carlos Gomes, no centro de Curitiba. São apoios gratuitos sociais, psicológicos, jurídicos, cursos de teatro, yoga e idiomas e atendimentos de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis, as IST’s/HIV/Aids.
Além disso, o Grupo Dignidade guarda, em seu acervo, batizado de Centro de Documentação (Cedoc) Luiz Mott, registros históricos próprios, da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Pessoas Trans e Travestis (ABGLT) – fundada em 1995, na capital paranaense – e do Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga instituição LGBTI+ da América Latina, que doou parte do seu acervo por meio do decano do movimento no País, Luiz Mott. No Cedoc, ainda estão alguns registros de Gilda da Boca Maldita, uma travesti que povoa a memória curitibana e que foi, infelizmente, encontrada morta na década de 80. Também compõem o arquivo, obras de Nelson Padrella. O desenhista, pintor e escritor registra, em aquarela, a sua crítica ao período ditatorial brasileiro (1964-1985).
Uma pequena exposição de tudo isso, você encontra aqui, no Café do Teatro, a partir desta quinta-feira (15). Uma forma de homenagear e dizer que, sim, nós estamos e seguimos juntos na exigência de respeito e igualdade. Somos todos iguais. Somos todos diferentes.
Exposição “Vidas LGBTI+: histórias, luta, orgulho e respeito” de 15 de junho a 09 de julho
Novo Café do Teatro – Rua XV de Novembro, 1037 – Centro – Curitiba – PR
Curadoria: Alberto Alexandre Schmitz II e Josnel Garcia de Carvalho – Cedoc LGBTI+ do Grupo Dignidade.
