"Além de ousar criar sua identidade, Gilda profanou todos os ideais, não só religiosos, como políticos, ao 'invadir' um espaço demarcado socialmente por um grupo hétero, masculino e de classe média.Já aí é possível apontar uma nova percepção do corpo, que não mais se relaciona só com o sagrado, lugar de pecado em que o próprio ato de tocá-lo para lavá-lo seria considerado escândalo. Vemos nascer uma autonomia e preocupação corporal, seja em sua higiene, sexualidade, liberdade ou estudos crescentes sobre a temática." (MARZANI,C. NASCIMENTO, N.Gilda em Curitiba: o corpo transgressor invade a cidade. In: RUA[online]. nº. 22. Volume 2, p. 433)