• Mortes violentas de LGBT+ Brasil: Observatório do Grupo Gay da Bahia, 2022

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19/01/2023 by 

256 LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros+) foram vítimas de morte violenta no Brasil em 2022: 242 homicídios (94,5%) e 14 suicídios (5,4%). O Brasil continua sendo o país onde mais LGBT+ são assassinados no mundo: uma morte a cada 34 horas. No ano passado, nos Estados Unidos, com 100 milhões de habitantes a mais, foram assassinadas 32 transexuais, enquanto no Brasil, 114 mortes violentas, uma a cada três dias. Se compararmos o número de assassinatos proporcionalmente a cidades com mais de 100.000 habitantes, a pequenina Timom, (MA) com população de 161.721 é o município mais inóspito para um LGBT, 62 vezes mais perigoso que São Paulo. O estado mais “gayfriendly” é o Rio Grande do Sul e o mais homofóbico, Amapá, com quatro vezes a mais mortes violentas de LGBT que média nacional.

Esses dados se baseiam em notícias publicadas nos meios de comunicação, sendo coletados e analisados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), há 43 anos. Um trabalho ininterrupto de divulgação dessas dramáticas estatísticas, sempre cobrando e, diga-se de passagem, sem sucesso, por políticas públicas que erradiquem essa mortandade. E sem financiamentos governamentais!

As autoridades policiais alcançaram êxito na elucidação de apenas 35,9% desses casos, mas o Estado insiste em não monitorar a violência homotransfóbica e o resultado não poderia ser outro, a subnotificação: esses números representam apenas a ponta de um enorme iceberg de ódio e sangue.

Assim, o GGB cobra enfaticamente a implantação do “Formulário de Registro de Ocorrência Geral de Emergência e Risco Iminente à Comunidade LGBTQIA+”, cognominado “Rogéria”, lançado pelo Conselho Nacional de Justiça em agosto de 2022. Esse Formulário deve ser utilizado em todas as unidades policiais do país a fim de monitorar os casos de homotransfobia letal, fornecendo subsídios para a elaboração de políticas públicas de proteção à vida de mais de 20 milhões de LGBT+ brasileiros (10% da população).

Esses dados levantados pelo GGB, ao longo de 43 anos, é prova irrefutável da existência de uma cultura do ódio contra a população LGBT em nossa sociedade e do quanto devemos lutar para mudar este sangrento “homocídio”. Nossos registros documentaram entre 1963 e 2022 a morte violenta de 6.977 LGBT+ em nosso país. Tomando como amostra os cinco últimos governos, foram mortos anualmente uma média de 127 LGBT nos oito anos da presidência de FHC, 163 nos dois mandatos de Lula, 360 nos governos Dilma-Temer e 251 nos quatro anos de Bolsonaro, perfazendo um total de 1122 mortes. Surpreendentemente, os dados revelam que apesar do Capitão Bolsonaro ter sido o presidente mais homofóbico da história republicana, a violência letal contra LGBT+ diminuiu 30% em relação a seus antecessores Dilma-Temer. A única explicação para essa contraditória redução de mortes remete-nos necessariamente à maior reclusão da população LGBT+ durante a pandemia da Covid e ao temor disseminado entre os LGBT+ pelo persistente discurso de ódio governamental, evitando locais e situações de maior risco.

Panorama Nacional 

Mortes violentas de LGBT+ por Região 

Região do PaísN. absoluto%RegiãoN. relativospor 100 mil habitantes
Nordeste11143,3656.100.0000,20
Sudeste6324,6185.100.0000,07
Norte3614,0617.300.0000,21
Centro-Oeste3112,1115.200.0000,20
Sul155,8629.000.0000,05
Total256100202.700.0000,13

A média de mortes de LGBT+ no país é de 0,13 a cada 100 mil habitantes.  As regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste têm praticamente o dobro dessa média, dois LGBT mortos por um milhão de habitantes.  

O Nordeste continua sendo a região mais insegura para LGBT+, com 43,3% das mortes (111).  A  Bahia assume a primeira posição no ranking com 27 mortes (10,5%), em um cenário populacional três vezes inferior a São Paulo, seguido de Pernambuco na terceira posição e do Maranhão na quinta, confirmando a persistência da homofobia tóxica nordestina do “cabra macho”, em tempo que requer dos gestores púbicos e da população em geral uma reflexão sobre medidas efetivas de respeito à vida deste segmento. O Sudeste ocupa o segundo lugar, com 63 mortes (24,6%), demonstrando que as melhores condições socioeconômicas desta região não implicam necessariamente em maior respeito aos direitos humanos e cidadania das minorias sexuais. O Norte vem em terceiro lugar, com 14% (36 mortes), o Centro Oeste com 31 ocorrências (12,1%). O Sul é a região menos perigosa, com  15 casos (5,8%). Sul e Sudeste têm as menores taxas, liderado pelo Sul, com uma morte a cada 2 milhões de habitantes. 

155 municípios brasileiros registraram ao menos uma morte violenta de LGBT+ em 2022. Dentre as dez primeiras cidades com mais casos de mortes violentas de LGBT+ em números absolutos, cinco estão no Nordeste (Salvador, São Luís, Fortaleza, Recife e Arapiraca). Sendo as quatro primeiras consideradas metrópoles, por conterem uma população acima de um milhão de habitantes, surpreende a cidade de Arapiraca, em Alagoas, que com 230 mil habitantes, registrou 4 mortes. Impossível explicar tanta homotransfobia nessa cidade alagoana que possui seu Conselho Municipal LGBT e parada gay já na sua 12ª edição. 

A Bahia aparece no topo do ranking com 27 mortes violentas de LGBT+ (10,5%), São Paulo em segundo lugar, 25 (9,7%), em terceiro Pernambuco 20 casos (7,8%), em quarto Minas Gerais com 18 (7,0%) e no quinto lugar, Maranhão e Pará (5,8%), com 15 mortes. Rio de Janeiro que no relatório anterior ocupava o terceiro lugar, com 27 casos, em 2022 foi o nono classificado, com 12 mortes, o que reforça nossa afirmação de que a oscilação anual a mais ou a menos destes números não permite conclusões sociológicas evidentes, já que não se observaram mudanças cruciais na segurança pública desse Estado que justificasse menor número de sinistros. Os estados onde ocorreram menor número de óbitos (2 casos, 0,7%) foram Roraima e Rondônia na região Norte, assim como no Rio Grande do Sul e Sana Catarina, na região Sul. Acre e Tocantins, que em 2021 tiveram uma morte cada um, não notificaram nos meios de comunicação nenhum assassinato de LGBT em 2022. 
0,13 é média nacional de mortes violentas de LGBT+ relativamente a 100 mil habitantes, sendo o Rio Grande do Sul o melhor estado para tal comunidade, 6 vezes mais seguro que a média nacional. Até hoje é o único Estado a reeleger um governador assumidamente gay.  Amapá é o pior, quatro vezes mais perigoso que a média nacional. TOP dos 6 melhores: RS, SC, SP, RJ, PR/MG.  TOP dos cinco piores: AP, AL, AM, RR, MS.

UFQuant.%Pop. totalRelativos (por 100mil hab.)
BA2710,5414 659 0230,18
SP259,7646 024 9370,05
PE207,819 051 1130,22
MG187,0320 732 6600,09
MA155,866 800 6050,22
PA155,868 442 9620,18
AM145,463 952 2620,35
CE145,468 936 4310,16
RJ135,0716 615 5260,08
AL124,683 125 2540,38

Se compararmos o número  de assassinatos proporcionalmente a cidades com mais de 100.000 habitantes, a pequenina Timon (MA) com população de 161.721 é o município mais inóspito para um LGBT, 62 vezes mais perigoso que São Paulo; Arapiraca (AL)  é 10 vezes mais perigosa que Belo Horizonte; Salvador é duas vezes mais segura que Manaus e São Luís, mas quase duas vezes mais perigosa que Fortaleza enquanto o Rio de Janeiro é duas vezes mais perigoso aos LGBT do que São Paulo, porém quatro vezes mais segura que Salvador. 

Segundo o Presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, essa persistente liderança baiana nas mortes violentas de LGBT+ é contraditória: “nós dizemos sempre que Bahia deve rimar com alegria e não com homofobia! Um povo tão alegre, hospitaleiro, que aplaudiu quando Daniela Mercury e Mãe Stela de Oxóssi se assumiram lésbicas, mas que ao mesmo tempo é capaz de tanta violência contra os LGBT. Triste Bahia!”

Perfil das Vítimas

Os gays continuam sendo o segmento mais vitimado por mortes violentas em termos absolutos, embora as “trans”, que representam por volta de um milhão de pessoas, proporcionalmente correm 19% a mais de riscos de crimes letais que os homossexuais. Entre as vítimas dois heterossexuais que foram confundidos com gays. 

Orientação SexualQuant.%
Gay13452,34
Travesti/Transsexual11042,96
Bissexual51,95
Lésbica41,56
Heterossexual20,78
Homem trans10,39
Total25699,98

Quanto à idade das vítimas, predomina a faixa etária dos 18 aos 29 anos (43,7%), o mais jovem com 13 e o mais idoso, com 81 anos. População na flor da idade produtiva e no auge da vida sexual.

Chama a atenção que travestis, transexuais e transgêneros são assassinadas antes de completar 40 anos: do total de 110 vítimas trans, 83% morreram entre os 15 e 39 anos.

No tocante à cor, característica demográfica raramente indicada nas reportagens, obrigando-nos a classificá-las a partir de suas fotos publicadas pela mídia, 120 das vítimas foram identificadas como pardas (46,8%) e pretas (14,8%), 37,1% brancas e 1% indígenas. 

Em 2022, a cada 34 horas um LGBT+ foi vítima de morte violenta no Brasil. Segundo pesquisa e relatório da Diretoria de Promoção dos Direitos LGBT do Ministério dos Direitos Humanos, órgão extinto por Bolsonaro, entre 2011-2018 foram registradas 552 mortes de LGBT, “uma vítima de homofobia a cada 16 horas no país”. Em 2022 a esperança de vida dessa população evoluiu positivamente para uma morte a cada 34 horas. 

O dia de domingo aparece com a maior recorrência de episódios de violência extrema contra LGBT+ no Brasil, com uma taxa de 19,1% dos casos, os fins de semana concentrando 45%, tais mortes (49) ocorrendo sobretudo à noite e 91% no espaço urbano. 21 foi a média mês de casos de mortes violentas de LGBT+ no Brasil em 2022, destacando-se março com 33 casos, enquanto junho registrou 15 assassinatos. Tanto a variação sazonal quanto a diária não mantêm a mesma média ao longo dos anos, não se descobrindo variáveis sociológicas que justifiquem tais oscilações. 

Causa mortis

Foram registrados 242 (94,5%) homicídios (incluídos aqui os latrocínios e feminicídios), apesar da dificuldade dos jornalistas e operadores da segurança pública em observar essa tipificação penal e 14 suicídios (5,4%). O pequeno número de suicídios explica-se pela subnotificação destes sinistros por tratar-se de crime tabu sujeito a restrições de divulgação, especialmente pelos sites de pesquisa.

Predominam na causa mortis as armas de fogo (29,6%), seguidas das armas brancas (25,7%), incluindo também asfixia, espancamento, apedrejamento, esquartejamento, atropelamento proposital. Em diversos casos estão presentes mais de um tipo de objeto letal e modus operandi no assassinato, a mesma vítima tendo sido espancada, esfaqueada, esquartejada, carbonizada. Segundo o Dr. José Marcelo Domingos de Oliveira, coordenador dessa pesquisa, “o uso de múltiplos instrumentos, o alto número de golpes ou tiros e de diversas formas de tortura refletem a crueldade e virulência da homotransfobia. E de igual modo, o calvário vivenciado pelos suicidas LGBT+, onde a intolerância, sem dúvida, foi o combustível para minar sua autoestima. ”  No Distrito Federal, na Granja do Torto, “homem de 20 anos mata conhecido com 59 facadas e dois golpes de enxada na cabeça, dormindo a seguir ao lado do corpo da vítima: matou o idoso de 60 em defesa de sua honra, disse o assassino” (25-7-2022). A travesti Jerry, 45 anos, é assassinada com mais de 40 tiros quando estava sentada em frente à casa de familiares em Coreaú, Ceará. (11-11-2022). “Homem de 30 anos que estava morando na casa de uma travesti em Montes Claros declarou que “a vítima insistiu em ter relações com ele e não aceitando, em posse de uma mão de pião deu vários golpes contra a vítima, acertando-a mortalmente na cabeça.” (23-9-2022).

Para o Prof. Luiz Mott, fundador do GGB e iniciador desses relatórios de mortes violentas de LGBT, “é absolutamente inconcebível nossa sociedade civilizada conviver com 12 casos de apedrejamento e esquartejamento de gays e travestis (4%). Nem nos países islâmicos e africanos mais homofóbicos do mundo, onde persiste a pena de morte contra tal segmento, ocorre tanta barbárie!” 

Quanto ao local da morte, 108 das vítimas (42,1%) agonizaram em sua residência, 38% na rua e espaços externos (98) e 17 em estabelecimentos públicos.  Persiste o padrão de travestis serem assassinadas na pista, a tiros (57%), enquanto gays e lésbicas são mortos a facadas ou com ferramentas domésticas, dentro de seus apartamentos. 8 trans foram assassinadas em motéis e pousadas. 

O Dr. Toni Reis, Presidente da Aliança Nacional LGBT, entidade parceira desta pesquisa, indica cinco propostas a curto prazo para erradicação das mortes violentas de LGBT no Brasil, destacando “a urgência de educação sexual e de gênero em todos níveis escolares, aplicação exemplar dos dispositivos legais de criminalização do racismo homotransfóbico, políticas públicas que garantam a cidadania plena desse segmento e apelo para que as vítimas de tais violências reajam e denunciem sempre todo tipo de discriminação.”

O Release completo desse Observatório de Mortes de LGBT+ de 2022 encontra-se em https://cedoc.grupodignidade.org.br/ Agradecemos aos militantes gays Deco Ribeiro de Campinas e Alberto Schmitz II de Curitiba, pela colaboração. 

Para maiores informações:

Luiz Mott, 71-9874-64830

Marcelo Domingos, 75-9997-45948

Toni Reis, 41-9960-28906

GRÁFICOS E TABELAS  

Tabela 1 – Quantitativo de mortes violentas de LGBT+, Brasil, entre 1963-2022

Período Mortes LGBT+Quant.%
1963-1969300,43
1970-1979410,6
1980-19893695,31
1990-19991.25618,07
2000-20091.42920,57
2010-20193.02943,6
2020-202279311,41
Total6.94799,99

Gráfico 1 – Quantitativo de mortes violentas de LGBT+, Brasil, entre 1963-2022

Tabela 2 – Mortes violentas de LGBT+ por regiões do Brasil, 2021

RegiãoQuant.%
Nordeste11143,36
Sudeste6324,61
Norte3614,06
Centro-Oeste3112,11
Sul155,86
Total256100

Tabela 3 – Mortes violentas de LGBT+ por Estados brasileiros, 2022

UFQuant.%
BA2710,54
SP259,76
PE207,81
MG187,03
MA155,86
PA155,86
AM145,46
CE145,46
RJ135,07
AL124,68
PR114,29
ES103,9
MT93,51
MS83,12
GO72,73
PB72,73
RN62,34
DF51,95
PI41,56
AP41,56
SE41,56
RR20,78
RS20,78
SC20,78
RO20,78
Total25699,9

Gráfico 3 – Mortes violentas de LGBT+ por Estados brasileiros, 2022

Tabela 4 – Orientação sexual dos LGBT+ mortos de forma violenta, Brasil, 2022

Orientação SexualQuant.%
Gay13452,34
Travesti/Transsexual11042,96
Bissexual51,95
Lésbica41,56
Heterossexual20,78
Homem trans10,39
Total25699,98

Tabela 5 – Faixa etária dos LGBT+, vítimas de mortes violentas – Brasil, 2021

Faixa EtáriaQuant%
13 a 17145,46
18 a 2911243,75
30 a 395119,92
40 a 494116,02
50 a 59218,2
60 e mais93,51
Sem informações83,12
Total25699,98

Tabela 6 – Cor do LGBT+ vítima de morte violenta no Brasil em 2022

CorQuant%
Parda12046,87
Branca9537,11
Preta3814,84
Amarela31,17
Total25699,99

Gráfico 6 – Cor do LGBT+ vítima de morte violenta no Brasil em 2022

Tabela 7 – Dia da semana com registro de mortes violentas de LGBT+, em 2021

Dia da SemanaQuant.%
Domingo4919,14
Segunda-feira3714,45
Terça-feira3413,28
Quarta-feira3614,06
Quinta-feira3312,9
Sexta-feira2911,32
Sábado3814,84
Total25699,99

Gráfico 7 – Dia da semana com registro de mortes violentas de LGBT+, em 2021

Tabela 98 – Turno do dia com ocorrência de mortes violentas de LGBT, 2022

TurnoQuant.%
Madrugada3714,45
Manhã4718,36
Tarde3413,28
Noite13853,91
Total256100

Gráfico 8 – Turno do dia com ocorrência de mortes violentas de LGBT, 2022

Tabela 9 – Local de ocorrência de mortes violentas de LGBT, 2022

ZonaQuant.%
Urbana23391,02
Rural238,98
Total256100

Gráfico 9 – Local de ocorrência de mortes violentas de LGBT, 2022

Tabela 10 – Número de casos de mortes violentas de LGBT, por mês, 2022

MêsQuant%
Jan238,98
Fev3112,11
Mar3312,89
Abr187,03
Mai228,59
Jun166,25
Jul187,03
Ago176,64
Set155,86
Out176,64
Nov218,2
Dez259,76
Total25699,98

Gráfico 10 – Número de casos de mortes violentas de LGBT, por mês, 2022

Tabela 11 – Tipificação das mortes de LGBT+, Brasil – 2022

TipificaçãoQuant%
Homicídios23792,58
Suicídio145,47
Afogamento10,39
Atropelamento20,78
Omissão de socorro10,39
Sem informações10,39
Total256100

Gráfico 11 – Tipificação das mortes de LGBT+, Brasil – 2022

Tabela 12 – Arma usada pelo agressor na execução de LGBT+ Brasil – 2022

Causa MortisQuant%
Arma de fogo7629,68
Arma branca6625,78
Asfixia197,42
Espancamento197,42
Apedrejamento62,34
Esquartejamento62,34
Atropelamento20,78
A esclarecer6224,22
Total25699,98

Gráfico 12 – Arma usada pelo agressor na execução de LGBT+ Brasil – 2022

Tabela 13 – Municípios com casos de mortes de LGBT+, 2022

OrdemMunicípioUFQuant.%Pop.
1ManausAM135,072.054.731
2SalvadorBA93,512.610.987
3São LuisMA72,731.115.932
4FortalezaCE51,952.596.157
5RecifePE51,951.494.586
6Rio de JaneiroRJ51,956.625.849
7São PauloSP51,9512.200.180
8ArapiracaAL41,56235.085
9Belo HorizonteMG41,562.392.678
10Campo GrandeMS41,56942.140
11MacapáAP41,56522.357
12SerraES41,56517.510
13TimonMA41,56161.721
14AmambaíMS31,1740.247
15Aparecida de GoiâniaGO31,17500.760
16CastanhalPA31,17205 667
17CuiabáMT31,17694.244
18João PessoaPB31,17889.600
19MaceióAL31,171.031.597
20MossoróRN31,17264.181
21AlcobaçaBA20,7822.509
22AracajuSE20,78436.591
23Boa VistaRR20,78284.258
24Cachoeiro de ItapemirimES20,78212.172
25CeilândiaDF20,78470.000
26CuritibaPR20,781.981.895
27GoiâniaGO20,781.414.483
28ItabunaBA20,78197.163
29ItaitubaPA20,78 
30JaboticabalSP20,78 
31JaguaretamaSP20,78 
32Ji-ParanáRO20,78 
33JundiaíSP20,78 
34LondrinaPR20,78 
35MaringáPR20,78 
36MessiasAL20,78 
37NatalRN20,78 
38ParauapebaPA20,78 
39PinheiroMA20,78 
40São Bento do UmaPE20,78 
41São CarlosSP20,78 
42Teixeira de FreitasBA20,78 
43TeresinaPI20,78 
44Três LagoasMS20,78 
45UbatubaSP20,78 
46Vitória da ConquistaBA20,78387.524
47Abreu e LimaPE10,39 
48AçailândiaMA10,39 
49Água FriaBA10,39 
50AnanindeuaPA10,39 
51Angra dos ReisRJ10,39 
52AraguariMG10,39 
53Aral MoreiraMS10,39 
54ArarasSP10,39 
55Belém PA10,39 
56Belém do São FranciscoPE10,39 
57Belo JardimPE10,39 
58BeruriAM10,39 
59BlumenauSC10,39 
60BrasíliaDF10,392.923.369
61Cabo de Santo AgostinhoPE10,39 
62Cabo FrioRJ10,39 
63CaçapavaSP10,39 
64CaetéMG10,39 
65Caldas BrandãoPB10,39 
66Campo BeloMG10,39 
67Campo FormosoBA10,39 
68Campos de JúlioMT10,39 
69Canaã dos CarajásPA10,39 
70CariacicaES10,39 
71Casimiro de AbreuRJ10,39 
72CaucaiaCE10,39372.413
73ContagemMG10,39 
74CoreaúCE10,39 
75DesterroPB10,39 
76Feira de SantanaBA10,39652.592
77ForquilhaCE10,39 
78FrainburgoSC10,39 
79GarapuavaPR10,39 
80GongogiBA10,39 
81GravatáPE10,39 
82GuarapariES10,39 
83GurapuavaPR10,39 
84IbicaraiBA10,39 
85IbicuíBA10,39 
86Igarapé-AçuPA10,39 
87IguatuCE10,3997.733
88Ipiranga do NorteMT10,39 
89ItapetimPE10,39 
90ItaquiraíMS10,39 
91IturamaMG10,39 
92JaciaraMT10,39 
93JuinaMG10,39 
94Juiz de ForaMG10,39 
95JupiPE10,39 
96LafaieteMG10,39 
97LagartoSE10,39 
98Lagoa GrandePE10,39 
99MacaéRJ10,39 
100MairiporãSP10,39 
101MarabáPA10,39 
102MaragogiAL10,39 
103Montes ClarosMG10,39 
104NiquelândiaGO10,39 
105NiteróiRJ10,39 
106Nova VenéciaES10,39 
107NuporangaSP10,39 
108OlindinaBA10,39 
109Ouro PretoMG10,39 
110PacatubaCE10,39 
111PalmaresPE10,39 
112Passa FicaRN10,39 
113Passo FundoRS10,39 
114PatosPB20,78 
115Patos de MinasMG10,39 
116Pedras de FogoPB10,39 
117PlanaltinaDF10,39 
118PortoPI10,39 
119Porto AlegreRS10,39 
120Porto da FolhaSE10,39 
121Pouso AlegreMG10,39 
122Praia GrandeSP10,39 
123Presidente EpitácioSP10,39 
124Presidente PrudenteSP10,39 
125RedençãoPA10,39 
126ResendeRJ10,39 
127SalinópolisPA10,39 
128Santa Cruz do CapibaribePE10,39 
129Santana de ParnaíbaSP10,39 
130Santana do AcaraúCE10,39 
131Santo AndréSP10,39 
132São BeneditoCE10,39 
133São FelipeBA10,39 
134São Francisco do PiauíPI10,39 
135São GonçaloRJ10,39 
136São José do Rio PretoSP10,39 
137São José dos Campos SP10,39 
138São José dos PinhaisPR10,39 
139São Miguel dos MilagresAL10,39 
140São SebastiãoDF10,39 
141São SimãoSE10,39 
142SarandiPR10,39 
143Senador CanedoGO10,39 
144Senhor do BomfimBA10,39 
145Serra TalhadaPE10,3983.051
146Serrano do MaranhãoMA10,39 
147SorrisoMT10,39 
148SumaréSP10,39 
149TaramanaPR10,39 
150TucuruíPA10,39 
151UruçucaBA10,39 
152Valparaíso de GoiásGO10,39 
153VarginhaMG10,39 
154Vila VelhaES10,39 
155Vitória de Santo AntãoPE10,39 
Total25699,84 

Tabela 14 – Local do crime de LGBT+, 2022

Local da morteQuant.%
Residência10842,18
Rua7629,68
Matagal/Terreno Baldio207,81
Rio/Açude/Repressa/Praia103,9
Hotel/Motel/Pousada83,12
Rodovias/Estradas83,12
Bar/Boate/Clube62,34
Hospital31,17
Outros locais176,64
Total25699,96

Gráfico 14 – Local do crime de LGBT+, 2022

MunicípioUFQuant.%Pop.
ManausAM135,072.054.731
SalvadorBA93,512.610.987
São LuísMA72,731.115.932
FortalezaCE51,952.596.157
RecifePE51,951.494.586
Rio de JaneiroRJ51,956.625.849
São PauloSP51,9512.200.180
ArapiracaAL41,56235.085
Belo HorizonteMG41,562.392.678
Campo GrandeMS41,56942.140
Total6123,83

Gráfico 15 – Dez municípios com mais casos de mortes de LGBT+, 2022

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Rony Tolentino

12/10/2023 at 5:27 PM.

Olá. É possível obter esse estudo em formato de PDF?

Sandra Dircinha Teixeira de Araujo Moraes

21/12/2023 at 9:56 AM.

As informações desse site são significativas,tendo em vista que há poucos trabalhos que abordam violência e assassinato da população LGBTQIA+ . Parabéns!